domingo, 13 de janeiro de 2008

Ángel González ( 1925 -2008)


Morreu o poeta espanhol Ángel González. A notícia não teria significado nenhum para mim há 15 dias atrás, simplesmente porque González era, então, para mim, um desconhecido. Acontece que me servi de um poema dele para entrar o ano, aqui, no Algeroz !, servindo-me da reprodução de uma imagem do Prohibido Fijar Carteles. E, neste período de tempo tão curto, torno, assim, a falar deste poeta recém-descoberto, como se fora um espécie de obituário. Ou como nunca é tarde para descobrir pessoas em vida, mesmo que a vida dessas pessoas se tenha tornado tão curta depois do momento da descoberta. Morreu um poeta do pessimismo do qual reproduzo mais um poema e outro:

Narración breve ( 1971)

La niña movió el aire con los labios.
Detrás de los cristales nadie supo
lo que dijo. Era triste
mirar a aquella gente
intentando aclarar una sonrisa.
Y sin embargo estaba todo claro:
la niña
había sonreído simplemente
Muerte en el olvido
Yo sé que existo porque tú me imaginas./ Soy alto porque tú me crees alto/, y limpio porque tú me miras con buenos ojos,con mirada limpia.
Tu pensamiento me hace inteligente,/ y en tu sencilla ternura, yo soy también sencillo y bondadoso.
Pero si tú me olvidas/ quedaré muerto sin que nadie lo sepa. /Verán viva mi carne, pero será otro hombre/-oscuro, torpe, malo- el que la habita…

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