domingo, 3 de maio de 2009

O FIM...e o novo início !

ACHO QUE ESTOU EM VIAS DE TEMINAR DEFINITIVAMENTE A ACTIVIDADE NESTE ESPAÇO - que tem estado, há demasiado tempo, em "banho-maria" - e avançar com armas e bagagens para outro, generalista , também , mas que - é isso que pretendo - nasça como uma plataforma onde o pessoal da corrida tenha um poiso, pelo menos enquanto não treina.

Nome já há, endereço também, mas quando arrancar ( e para isso é preciso haver entradas ) todos os interessados e os que vierem aqui por acaso , serão até lá canalizados.

Bem... o nome do substituto do " algeroz" é o " ALA QUE SE FAZ TARDE ". Vamos a ver .

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

ACEITO O REPTO!

PIROSEIRA COM QUALIDADE...



PIROSEIRA SEM QUALIDADE... ( excepção para o mulherio do coro )



há ainda a piroseira inqualificável. Dessa não pode rezar a história.

outras músicas ( 5 )

O homem é recorrente na minha memória: ele é o ícone; o melhor guitarrista de todos os tempos ... eu sabia dele isto e tudo o mais, sem nunca, verdadeiramente, lhe ter ouvido ou visto impôr a sua arte, para me posicionar perante o que ouvia e via.

Agora, graças ao YouTube, vou tendo essa oportunidade. Não sei bem o que dizer - se gosto, se não gosto - mas, enfim, Jimmy Hendrix é e será sempre Jimmy Hendrix.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Aqui o Algeroz! mantém-se no registo " piroseira "...

só para chatear o Manel, que , creio, começa genuinamente a duvidar do gosto musical do seu amigo e que ele não passa , culturalmente, de um pimba sem remissão.

Este tema é um original da cantautora espanhola, Rosana, aqui na versão dos Sin Bandera , um duo - entretanto desfeito - que durante uns tempos dominou o mercado discográfico sul-americano. Um deles parece chorar quando canta mas aquilo acaba por ser mais rictus facial que emoção não controlada ou, pior que isso, expediente de impostor.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

e vai outra piroseira

...esta menos evidente: cheia de flamenco, unplugged (o que cai sempre bem ); composta e cantada pelo António Carmona - cigano, como seria de esperar. Eu, cá, gosto!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

CRISE


Luís Cabral é um economista, irmão de um amigo meu, que vive em Nova Iorque e é professor numa das Universidades locais. De perfil discreto, do tipo " desengravatado", toca saxofone e pinta, nos tempos livres. No entanto, cada vez que vem a Portugal, é convidado a dar a sua opinião sobre Economia em fóruns e programas de TV. Um tipo ouvido e respeitado, portanto. Por esse facto, transcrevo uma das últimas entradas do seu blogue a modos como " água na fervura" desta crise que nos traz, a todos, confusos e preocupados.


No momento em que as economias mundiais atravessam um momento de crise, convém não esquecer que a história da macroeconomia se pode resumir em duas palavras: crescimento e flutuações. Mesmo considerando a grande crise de 29, a tendência de crescimento no longo prazo sobrepõe-se às maiores ou menores variações cíclicas.

É verdade que a intervenção governamental ajuda a combater o nível das flutuações. Mas não confundamos política de estabilização com a destruição dos pilares da economia de mercado, o principal responsável pelo crescimento sustentado dos últimos séculos.

(O gráfico acima representa o PNB dos EU desde 1870 até 2004, em escala semi-logarítmica. Fonte: Chad Jones.)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

regresso das piroseiras de " Algeroz"...

...que , aliás , se ouvem - quero apostar- uma e outra vez. Em castelhano, claro, cujo estilo aciganado, cantarolado mesmo quando não é cantado, pouco aqui chega.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

poesia (9)


NATAL DO PEQUENO BURGUÊS ( ou poema da Natal um pouco atrasado ou blasfémia ou sacaneira ou infâmia ou graça imensa- talvez esta...)

- Se eu ganhar a propina que eu suponho
não terei a angústia do Natal.
Acenderei charutos com cruzeiros
(uma vez por ano não faz mal).

- E a mulher do Chagas será minha
enquanto ele vomita no quintal.

Cristandade.

Clóvis Moura in Violão de Rua - Vol. II.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1962


apanhado aqui

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

na barbearia...


O estabelecimento onde costumo aparar a barba leva 7€ pelo serviço. Disseram-me que é muito caro. Eu só tenho que acreditar porque, já velho, ainda associo roubo, unicamente, com o conceito clássico do próprio acto – violento, clandestino, ameaçador. Na barbearia tudo é diferente: o dono e os empregados são cordiais e agradecem, penhoradamente, a generosa gorjeta com que enfeito o acto do pagamento.
O enorme espelho corrido, que reflecte a minha imagem enquanto me cortam o cabelo ou, enfim, me aparam a barba por um preço manifestamente exagerado, não mente: os barbeiros devem ser profissionais de larga experiência porque são a imagem – intuitiva – do típico português de meia-idade, avançada, com cabelos de cor branca, pouco pujantes e impecavelmente penteados , uma barriga proeminente , destonificada e sábia expressão no rosto que torna qualquer um devedor do respeito natural que se deve aos anciãos .

Postas que são estas e outras constatações divirgo, então, o olhar para a minha própria pessoa. O espelho não mente: procuro aquilo que me diferencia dos barbeiros – a erudição jovial e bem humorada da expressão, as madeixas quase louras, a pele salvaguardada da passagem do tempo. Debalde. O espelho não mente: somos todos, os que ali estamos , a reprodução da mesma imagem da decadência física e da maturidade quase acabada. O espelho não mente porque, na sua frieza de água clara e transparente, não escamoteia a comparação; fá-la com um notável sentido do real. Espelho sábio!

É na barbearia que me dou conta que estou velho e então dá para compreender a condescendência com que me vão tratando e a minha própria condescendência , aquela que vai tomando conta de mim.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Barack Obama !!!


Tenho tanto apreço por Barack Obama, revejo-me tanto na sua mensagem de esperança, acredito tanto nele, que hoje, na sua investidura, senti-me na pele dele - como se estivesse a receber um presente envenenado. Por um momento – aquele momento em que G. W. Bush deixa definitivamente a Casa Branca e embarca num helicóptero – lamentei a sorte do novo presidente. Agora, algumas horas passadas, o idealismo da manhã histórica de Washington envolveu-me de novo, tomou-me como se fôra ele próprio.
É bom viver na ilusão e sentir que milhões a vivem comigo. Que a ilusão se converta no caminho novo.