terça-feira, 14 de outubro de 2008

escola real ( XII )


O país vai mudando. Quer dizer, continuam-me a irritar os ricalhaços que juntam dinheiro para ter várias casas, bons carros, perfumar o presente dos filhos para que o futuro lhes fique mais ou menos garantido e que enfim, juntam o dinheiro geralmente com trabalho mas também com especulação e aqui e ali com " gamanço " bem executado e que agora estão à rasca a tirá-lo dos bancos e a deixar o pessoal à espera não se sabe bem do quê. Continuam-me a irritar os jovens e também os menos jovens, remediados ou nem tanto, que se endividam até à última e culpam, por isso, este mundo e o outro à excepção de eles próprios, claro, e também são culpados da crise. Irritam-me, como todos já sabem, os ciganos, mas esses não são do tipo que levem à bancarrota o que quer que seja - embora se prefigurem sempre como a excepção daquilo que vou dizer a seguir.

Não tenho nada a ver com o que se está a passar. Marimbo para o consumo, para a "confiança", para os mercados de capitais e para as finanças de uma maneira geral. O meu negócio é outro . O meu negócio é a escola que , globalmente,é um mundo à parte. Posso, por isso, dar uma boa notícia. Embora à minha custa e de uns valentes milhares de profissionais, fotografias como aquela que encima a entrada estão virtualmente arredadas da realidade nacional. A sério. As crianças andam de facto todas na escola. Não é um progresso de somenos, não. Por isso, caramba , alegrem-se um pouco os que agora passam um mau bocado com medo de ficar sem "cheta".

1 comentário:

Mário disse...

Há dias vi uma reportagem num dos canais gerais, e aparecia uma mulher (com aquelas vozes tipo histérica) a dizer que não tinham podido ir de férias porque o filho entrava no primeiro ano e tinham de gastar tudo com o material escolar.

O meu filho entrou este ano, e comprando tudo o que havia a comprar, incluindo os 3 manuais, posso garantir que não ultrapassou os setenta e cinco euros. E poderia ser menos se algumas coisas fossem da loja do chinês.

Se a Educação custa caro, quanto custa a Ignorância?