sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

uma das mil adendas a propósito de Aznavour...

Acho que não perdemos o respeito que tinhamos por Charles Aznavour depois de o ouvirmos responder às perguntas da Judite de Sousa. Pelo contrário, ganhámos um respeito acrescido pelo tipo normal , cuja normalidade nos deu a revelar e que, não obstante, é excepcional porque produz coisas excepcionais.
Realço, entre outras, as seguintes afirmações:

" Não sou um depressivo" - sorte a dele.

" Que o Sarkozi e a Bruna, casem ou não casem, se amem ou não se amem, é assunto que não me diz respeito" - a mim também não, excepto se o Sarkozi se revelar tão impetuoso na condução dos assuntos de França como quando se trata de fazer e desfazer casamentos com estonteantes e polémicas beldades.

" Sou Francês, não sou Arménio. Aqui nasci, esta é a minha pátria. Ajudo, no entanto, o povo arménio , porque é, apesar de tudo, o meu povo " Bonito.

"Não sou saudosista". Confirmado. A belíssima " Sa Jeunesse " é, afirmou, a sua canção favorita. O poema, belíssimo, que abaixo transcrevo, seria um poema saudosista se tivesse sido escrito por um cinquentão que descobre , num repente, o espectro da velhice ao virar da esquina mais próxima. Acontece que foi escrito por um jovem de 18 anos e um jovem de 18 anos que escreve um poema destes revela ser precoce, visionário e talentoso...muito. Saudosista jamais.

Eis " Sa jeunesse" ( a letra)

Lorsque l'on tient/ Entre ses mains/ Cette richesse/ Avoir vingt ans/ Des lendemains/ Pleins de promesses/ Quand l'amour sur nous se penche/ Pour nous offrir ses nuits blanches/ Lorsque l'on voit/ Loin devant soi/ Rire la vie/ Brodée d'espoir/ Riche de joies/Et de folies/Il faut boire jusqu'à l'ivresse/Sa jeunesse/Car tous les instants/De nos vingt ans/Nous sont comptés/Et jamais plus/ Le temps perdu/ Ne nous fait face/Il passe/ Souvent en vain/On tend les mains/Et l'on regrette/Il est trop tard/Sur son chemin/ Rien ne l'arrête/ On ne peut garder sans cesse/Sa jeunesse/ Avant que de sourire et nous quittons l'enfance/ Avant que de savoir la jeunesse s'en fuit/ Cela semble si court que l'on est tout surpris/ Qu'avant que le comprendre on quitte l'existence/Lorsque l'on tient/Entre ses mains/ Cette richesse/ Avoir vingt ans/ Des lendemains/ Pleins de promesses/ Quand l'amour sur nous se penche/ Pour nous offrir ses nuits blanches/Lorsque l'on voit/ Loin devant soi/Rire la vieBrodée d'espoir/ Riche de joies/ Et de folies/ Il faut boire jusqu'à l'ivresse/Sa jeunesse/ Car tous les instants/ De nos vingt ans/ Nous sont comptés/ Et jamais plusLe temps perdu/ Ne nous fait face/Il passeSouvent en vain/On tend les mains/Et l'on regrette/ Il est trop tard/ Sur son chemin/ Rien ne l'arrête/ On ne peut garder sans cesse/ Sa jeunesse...

2 comentários:

Anónimo disse...

A Sociedade Portuguesa de Autores vai atribuir a Aznavour a Medalha de Honra, por ocasião da sua vinda a Portugal para o concerto do próximo dia 23. É a primeira vez que tão importante galardão é atribuído a um autor estrangeiro, segundo percebi. Um leitor do Público interrogava-se, no mínimo, sobre o bem fundado desta distinção a um artista que vem ao nosso país pela primeira vez no termo de uma longuíssima carreira, nomeadamente internacional. Fui surpreendido. Não sei bem que pensar. O que acham?

Sofia K. disse...

Olá... deixei um desafio lá no meu cais para ti!
beijinhos