terça-feira, 30 de setembro de 2008

ciganos (2)


Não me parece blogosfericamente correcto fazer uso de estereótipos. De qualquer modo não acho que ilustrar graficamente a entrada com uma imagem de " os ciganos mais honestos " seja um estereótipo. Pelo contrário: meter um qualificativo do estilo "honesto " na questão é, antes, a revolução completa no estereótipo. Passe o eventual mau gosto da piada...

p.s.- e diga-se de passagem, em assuntos polémicos, adoro provocar os amigos .

1 comentário:

Mário disse...

Ah! Que saudades deste Miguel, saudavelmente venenoso, graciosamente sarcástico, inocentemente corrosivo.
Meu Querido Amigo, se não soubesse das tuas origens, da tua estirpe e da tua tez, quase que diria que estavas a ser "cigano"!

Pois é. Tenho bons amigos na comunidade cigana - o mais difícil é reconhecê-los pelo nome, dado que se chamam João, Sara ou Joaquim, e depois os tratam por Maiúri, Miguela ou... Alain Dilon (sic).
Mas são bosn homens e mulheres.

Há dois dias estive em amena cavaqueira com um, cuja profissão é... "vendedor ambulante" (99,9% o são).
Relatou-me como se interesa pela História da etnia cigana, desde a sua origem, no norte da Índia, da similitude dos costumes, o porqu~e da estadia na Roménia e Hungria ter modificado certos hábitos, desde o sistema matriarcal à predominância dos machos, mas com os imperativos das mães dos pais.
Aprendi mais do que lendo as revistas e jornais todos da semana.
Um homem de cultura. Pai de três filhos. Vai sempre à consulta com eles, por vezes sozinho porque a mulher está a vender (se calhar a impingir carteiras de imitação a novas ricas que vão discretamente à feira). Vendedor ambulante. Cigano.

Como um deles disse: "Doutor, conte connosco para tudo o que for preciso". Uma bejeca com eles. Alinhas? Vais gostar!